Projeto


A Iniciativa Nature Bioactive Foods apresenta como objetivo a identificação e conhecimento de compostos da flora endógena portuguesa para a produção de complementos bioativos e sensoriais para aplicação em contexto alimentar de base natural. Em resposta às necessidades dos consumidores com a procura de produtos com ingredientes naturais à base de plantas, os seus extratos têm surgido cada vez mais no mercado, principalmente em snacks e bebidas. A elevada aceitabilidade destes produtos tem gerado uma crescente investigação e inovação na área de ingredientes vegetais. Contudo, os ingredientes à base de plantas e dos seus extratos têm sido principalmente obtidos a partir de espécies não endógenas (ex.: ginseng e hibisco), não sendo exploradas fontes vegetais endógenas portuguesas como as frutas tradicionais (ex.: refugos ou fruta com calibre de maçã ‘Bravo de Esmolfe’, cereja e o marmelo) e plantas aromáticas (ex.: rosmaninho e hortelã-menta). As espécies vegetais endógenas portuguesas apresentam uma composição nutricional rica em compostos bioativos que tem vindo a ser explorada e comprovada cientificamente, mas que não tem sido devidamente valorizada no contexto do mercado alimentar. Deste modo, surge a presente Iniciativa com o propósito do desenvolvimento de concentrados naturais para padrões de consumo saudável à base de extratos, ricos em propriedades bioativas e em novos perfis sensoriais, através da valorização de recursos agroflorestais à base de fruta de refugo ou de baixo calibre (1) maçã ‘Bravo de Esmolfe’, (2) marmelo, (3) cereja ‘Saco’ e plantas aromáticas como (4) hortelã-menta e (5) rosmaninho. Assim foram definidos os seguintes objetivos específicos:
O1 - Otimização dos processos de extração para as diferentes matérias-primas a explorar tendo em conta a necessidade de valorização e escoamento agrícola;
O2 - Conceção de extratos vegetais bioativos com diferentes alegações nutricionais tendo em conta os atributos sensoriais para aplicação alimentar;
O3 - Realização de ensaios de bioatividade (químicos, enzimáticos e celulares) para avaliação do efeito benéfico para a saúde e possíveis alegações de saúde dos concentrados desenvolvidos e após aplicação alimentar;
O4 – Obtenção de novos produtos na área de ingredientes/aditivos naturais com aplicação em diferentes áreas de processamento alimentar.