Covid-19: Tecnologia pioneira inativa vírus SARS-CoV-2 e bactéria da tuberculose no mesmo sistema
Covid-19: TecA tecnologia pioneira AT MicroProtect, que consegue inativar, num minuto, 99,97% das partículas de vírus SARS-CoV-2 no ar, conseguiu agora alcançar a inativação também da bactéria que está na origem da tuberculose no sistema tecnológico.nologia pioneira inativa vírus SARS-CoV-2 e bactéria da tuberculose no mesmo sistema
“Em um minuto, com a tecnologia AT MicroProtect foi possível conseguiu alcançar os 100% de inativação de bactérias que causam a doença da tuberculose em três das quatro variações da tecnologia que foram desenvolvidas”, refere João Nunes. João Nunes acrescenta ainda que "A transmissão aérea de microorganismos, quer de vírus como de bactérias, é uma das vias mais perigosas e difíceis de se controlar. É urgente desenvolver tecnologia e soluções eficazes com capacidade de serem implementadas à escala real e em curto espaço de tempo."
A tuberculose é uma doença infeciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis complex, uma bactéria perigosa e que também se transmite de pessoa para pessoa por via aérea.
A nova tecnologia no combate à covid-19, AT MicroProtect, “também consegue com a mesma tecnologia combater a doença da tuberculose”, afirma o investigador.
A nova tecnologia foi criada no âmbito de um projeto liderado pelo Campus de Tecnologia e Inovação da BLC3, em Oliveira do Hospital, no interior do distrito de Coimbra, em parceria com a Universidade do Minho e as faculdades de Farmácia das Universidades de Lisboa e de Coimbra.
“Em um minuto, de 59.250 bactérias Mycobacterium tuberculosis, em três das quatro variações da tecnologia desenvolvida conseguiu-se alcançar os 100% de inativação e na outra variação 98,75%, em ensaios efetuados em triplicado”, explicita João Nunes.
Trata-se de “um resultado muito importante e que demonstra ainda mais o potencial” da tecnologia AT MicroProtect.
Neste momento, acrescenta, ““estamos a avançar para ensaios e testes com as bactérias do género Legionella”, que “também causam problemas de saúde graves, como a pneumonia”.
Em breve, “existirão novidades já no contexto da aplicação da tecnologia em situações reais”, prevê.
João Nunes salienta ainda que “foi alcançado um novo patamar de conhecimento a nível internacional sobre vírus e bactérias que causam doenças infeciosas e transmissíveis pela via aérea, que permitirão desenvolver novas tecnologias”.
Este novo conhecimento permitirá desenvolver “uma tecnologia para funcionar como um alarme microbiológico na deteção de níveis de contaminação aérea de vírus e bactérias acima do nível tolerância humana”.
O seu uso poderá ser em interior de unidades de saúde, edifícios e sistemas coletivas de transportes, e outros locais de presença de elevado número de pessoas, como centros comerciais e aeroportos.
Essa investigação só poderá avançar com aplicação dos resultados do projeto AT MicroProtect, porque, “até à data, todo o investimento foi suportado pelas próprias entidades e investigadores do consórcio envolvidos nos trabalhos e que não será possível, nesta fase, avançar com mais desenvolvimentos”, esclarece.
João Nunes revela ainda que “é também motivação e missão da introdução no mercado da tecnologia AT MicroProtect criar um laboratório microbiológico de nível 3 de segurança na região Centro e de uso para a investigação e de forma pública”, que não existe e é “uma falha da região Centro, com um modelo de gestão e capacidade para ter respostas mais céleres de desenvolvimento de conhecimento e eficazes em situações de pandemias, epidemias ou surtos de contaminação microbiológica”. Esclarece por último, que a motivação está na origem de ter sido admitida a possibilidade de os ensaios e testes com a tecnologia AT MicroProtect serem efetuados em Espanha e Londres, por não ser possível efetuá-los de forma segura na região, conclui.
Date: 2020-11-06
Source: Agência Lusa