Figueira da Foz
Projeto visa melhorar a eficiência dos edifícios
O município da Figueira da Foz vai desenvolver um projeto pioneiro que pretende melhorar a eficiência energética e ambiental dos edifícios, através de um Laboratório Vivo para a Descarbonização, que foi ontem apresentado.
Segundo a autarquia, o projeto 100% Green “representa a criação de um Laboratório Vivo que pretende cocriar cidades mais inovadoras, sustentáveis, inclusivas e resilientes, com vista a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e das comunidades”.
A solução “não só melhora a eficiência energética e promove a integração de energias renováveis nos edifícios, como também valoriza e converte as emissões destes (por exemplo CO2, partículas e CO) em biomassa microalgal, através de fotobiorreatores que funcionarão como biofiltros, para melhorar o
desempenho ambiental dos edifícios”, explica.
“Por sua vez, a biomassa microalgal será valorizada como energia alimentar para aquacultura, otimizando-se logisticamente a atividade de tráfi co de fretes urbanos com esta tipologia de soluções tecnológicas”, acrescenta.
A autarquia acredita que o projeto 100% Green “representa o nascer de uma nova realidade para os edifícios”.
Neste projeto, o município terá como parceiros tecnológicos de desenvolvimento da solução a Associação BLC3 - Campus de Tecnologia e Inovação, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia e a COMPTA.
O projeto tem também como parceiro local o Pescódromo de Lavos, onde serão realizados testes em aquacultura.
Espaço interativo
Segundo a autarquia, “o Laboratório Vivo será um espaço interativo que permitirá à sociedade local, aos visitantes e turistas o contacto com a tecnologia” e, ao mesmo tempo, adquirirem “conhecimento para alterarem os seus comportamentos e ações em prol da descarbonização”.
É seu objetivo também desenvolver atividades com as escolas e promover atividades de divulgação.
O projeto será desenvolvido em duas fases, sendo que, na primeira, será efetuado o projeto de pormenor, e, na segunda fase, a intervenção e implementação, estando previsto um investimento
de 500 mil euros.
“Bandeira da Figueira
é ser mais sustentável”
João Nunes, presidente da Associação BLC3 referiu que o que torna a Figueira da Foz uma cidade capaz de receber um projeto desta envergadura é “a vontade do município em apoiar este tipo de iniciativas,
a aquacultura, uma dimensão urbana que pode ser valorizada por ter novas tecnologias por causa da atividade turística e por ter uma cultura de abertura a novas soluções, assim como a novos meios de inovação”.
Relativamente a quais são os planos do município para este projeto, o presidente da Associação BLC3,
afirmou que “o objetivo é que isto seja um espaço de interação e que depois permita a replicação tecnológica para outros edifícios e seja um exemplo”. João Nunes acrescentou ainda que “uma das bandeiras da Figueira é ser mais sustentável visando a melhor utilização dos edifícios já existentes.
A cidade tem uma exposição solar boa e tem a disponibilidade do município com este espaço social que também é importante para o contexto dos Laboratórios Vivos que é ter a comunidade em contacto com a tecnologia e com o conhecimento”.
Recorde-se que a Figueira da Foz foi um dos doze municípios escolhidos sendo, juntamente, a par de Águeda o “representante” da região centro do país que conta ainda com cidades da região de Lisboa,
Porto, Alentejo, Ribatejo e Algarve.
Date: 2017-08-17
Source: Diário as Beiras
URL: http://www.asbeiras.pt/2017/08/projeto-visa-melhorar-a-eficiencia-dos-edificios/